sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

EGITO - “Dia da revolução contra a tortura, corrupção, pobreza e desemprego”

Embalados pelos protestos populares que sacudiram a Tunísia no início deste ano onde levou a renúncia do presidente Zine El Abidine, milhares de egípcios realizam manifestações para exigir reformas políticas no país.

O evento, intitulado “Dia da revolução contra a tortura, corrupção, pobreza e desemprego”, deverá contar com a participação de grupos sindicais, militantes islâmicos e até milhares de jovens da classe media.

Os organizadores pretendem se valer da insatisfação popular contra as forças de segurança egípcias, acusadas de torturar e tratar com truculência opositores, para atrair manifestantes em vários pontos do país e forçar concessões do governo.

Para entender melhor : A atual ordem política e econômica do mundo árabe tornou-se insustentável trazendo grande insatisfação para a imensa maioria da população.

O Mundo árabe retoma a participação nos movimentos sociais principalmente entre a população mais jovem e mais consciente com fome por liberdades individuais emprego e desenvolvimento.

O Egipto é uma república desde 18 de junho de 1953. Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Embora o país seja formalmente uma república semi-presidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito em pleitos com candidato único há mais de cinqüenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em setembro de 2005.

O mandato do presidente do Egito dura seis anos. É o que diz a Constituição do país. Como não há limite para as reeleições, a mesma pessoa pode concorrer ao cargo indefinidamente e, em geral, o presidente permanece no cargo até morrer, quando seu vice assume.

Segundo o especialista, os EUA se acostumaram ao longo do tempo com ditaduras seculares ou monarquias islâmicas absolutistas descritas como “moderadas”. Por este motivo, acabaram não pressionando pela democratização destes países e se beneficiando. Na avaliação destes especialistas os americanos, assim como a população destes Estados árabes, possuíam uma “barreira de medo”, temendo o que viria depois do fim de um regime ditatorial. Este temor aparentemente se reduziu com os eventos na Tunísia e no Egito. Não haverá, necessariamente, um regime islâmico e há chance de democratização, dizem os analistas

Nenhum comentário:

Postar um comentário