segunda-feira, 13 de maio de 2013


Tribos Urbanas: são constituídas de microgrupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns.
Essas agregações apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos e maneiras de se vestir. Segundo Michel Maffesoli, o fenômeno das tribos urbanas se constitui nas “diversas redes, grupos de afinidades e de interesse, laços de vizinhança que estruturam em nossas megalópoles”. A expressão "tribo urbana" foi criada pelo sociólogo francês Michel Maffesoli, que começou usá-la nos seus artigos a partir de 1985.
Em resumo: tribos urbanas é uma sociedade humana rudimentarmente organizada, que apresentam uma conformidade nos pensamentos, hábitos e maneiras de se vestir.

O que são Tribos Urbanas ?
Tribo jovem ou tribo urbana é o nome dado a um grupo de pessoas com hábitos, valores culturais, estilos musicais e/ou ideologias políticas semelhantes. Algumas tribos são alternativas à ordem social baseada na organização familiar, outras são apenas nomes genéricos dados a determinados grupos de pessoas. Este tipo de afinidade entre jovens é mais comum nos grandes centros urbanos sendo, por esse motivo, os seus grupos designados como tribos urbanas.


Hoje em dia são muitos os jovens que, ao terem fracas relações familiares e de amizade, adoptam hábitos e comportamentos que os fazem serem aceites por grupos, por vezes mesmo que se tenham que tornar em algo que não são. Estes são grupos de pessoas que seguem um estilo próprio de vida. Possuem características que as definem, têm valores culturais, um modo de vestir próprio, as suas próprias músicas e os seus próprios ideais políticos e éticos.
Assim, as "Tribos Urbanas" podem ser caracterizadas como um fenômeno juvenil dos grandes centros urbanos, que se vai alargando por toda a parte.


Tribos Urbanas x Consumo

Sociedade de consumo é uma expressão utilizada para se referir à sociedade contemporânea. Consumir seja para a satisfação de necessidades básicas e/ou desejos é uma atividade presente em toda e qualquer sociedade humana. Para alguns autores, a sociedade de consumo é definida por um tipo específico de consumo. Para outros, englobaria características sociológicas, como a presença de moda, sentimento permanente de insaciabilidade. Nas sociedades tradicionais de outrora, a unidade de produção como a de consumo era a família ou o grupo doméstico. As famílias produziam em grande parte para o consumo próprio, sendo a sociedade composta por grupos de status definidos pelas roupas, atividades de lazer, padrões alimentares, dentre outros.
Os jovens necessitam de procurar amigos com os mesmos gostos e pensamentos, formando um grupo. É bastante difícil caracterizar profundamente um grupo, pois estes estão sempre em mudança gerando novos grupos. Há vários tipos de movimentos que existem e/ou já existiram, como: darks, drag queens, emos, from uk, geeks, góticos, grunges, headbangers, hippies, mods, nerds, playboys, plocs, preppys, punks, rastas, skinheads, taceurs, vegans, white powers e yuppies.  Hoje existe uma multiplicidade de grupos, tribos urbanas e indivíduos criando as suas próprias modas. Cada um faz as suas próprias escolhas segundo o seu senso estético e conforto. Independentemente da posição social, idade e renda, a pessoa pode ser quem ela escolher. Os produtos similares ou piratas permitem que estilos de vida sejam construídos e desconstruídos, lançados ao mercado e utilizados por pessoas cujas rendas certamente não são compatíveis com o uso de muitos deles nas suas respectivas versões originais. O estilo de vida na cultura do consumo reflete a individualidade, auto expressão, estilo pessoal e autoconsciente. E é aí que falamos nas Tribos Urbanas.
Ao longo deste século, a sociedade tem vindo a passar por profundas mudanças, tanto e origem tecnológica como ideológica, bem como vindo a criar novas subculturas urbanas, em espaços de tempo cada vez menores. O surgimento da tribo Emo, por exemplo, no cenário mundial é uma dessas novas mudanças na estrutura da sociedade. Mas existiram diversas correntes culturais e tribos urbanas que ditaram moda e redefiniram o consumo. Proveniente de um gênero musical, a ideologia Emo transcendeu o contexto musical ao ponto de se tornar um estilo de vida. Esta tribo é constituída por indivíduos com ocupações, interesses, ideologias, gostos musicais, modos de vestir e comportamentos semelhantes; o que caracteriza um grupo de consumo específico.
E é ai que o marketing deve perceber um leque de oportunidades.  A evolução do marketing é constatada à medida que este vem sofrendo transformações e se adaptando ao comportamento de consumo do seu público-alvo. O marketing inicialmente, relacionado com seu público, era voltado ao marketing de massa e posteriormente em busca de se adequar ao consumidor, definiu-se em marketing segmentado, marketing de nicho e marketing one-to-one. Este se caracteriza por produtos ou serviços cada vez mais individuais, buscando a satisfação de cada consumidor particularmente, ou seja, para cada nicho, para cada tribo urbana. O marketing moderno e o pós-moderno é um novo passo da evolução e adaptação dos estudos que envolvem o marketing. Para estes novos segmentos, o relacionamento que o consumidor tem com os produtos é sua principal característica, que visa entender e focar nos valores sentimentais que os produtos proporcionam a este consumidor.

Discriminação e preconceito: O preconceito pode ser  entre as tribos ou da sociedade com as  tribos.
Mesmo sem termos consciência disso, estamos sempre a julgar os outros com base na raça, cultura, sexo, ideias, opiniões, formas de vestir, dando origem ao preconceito.
Existe, por tanto, uma intenção de distinção que parte dos adeptos das tribos. Por outro lado, aqueles que não se identificam ou não aceitam os padrões propostos por uma tribo urbana podem rotular, estigmatizar e até alimentar uma dinâmica de discriminação e preconceito contra os seus integrantes.
Tudo isto deveria ser diferente, afinal, vivemos em um pais onde a diversidade cultural é tão presente, que o surgimento dessas tribos deveria ser vistos com outros olhos, aceitar seria a palavra chave, quando isto acontecer, haverá um lugar onde as pessoas enfim poderão ser compreendidas e aceitas como seres comuns.

Identidade ou Identificação:
Qual é a diferença entre essas duas noções tão parecidas?
Enquanto identidade se refere a um modo de ser estável e coerente, identificação diz respeito a “máscaras variáveis", até mesmo descartáveis, a relações "informais" e "afetivas" entre os sujeitos.
Se, no início do século XX, as meninas praticamente já nasciam com uma identidade preestabelecida - deveriam se casar na igreja, ter filhos e cuidar da casa -, uma jovem do novo milênio tem um leque muito maior de possibilidades de identificação à sua frente, tanto em termos de vida afetiva, sexual e familiar quanto de vida profissional.
Mas se antes a noção de identidade, de um grupo onde um indivíduo, remetia à ideia de unidade, estabilidade e coerência, hoje não é necessariamente assim. Alguém que durante a pré-adolescência se identificava como funkeiro aos 14anos pode se "converter" em emo, e aos 16 passar a se apresentar como ex-funkeiro e ainda emo e também-vegetariano.