quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Por que a Sociologia é importante?




Por que as pessoas pensam e agem de forma tão diferente umas das outras? Por que algumas têm muito dinheiro, enquanto outras dormem nas ruas? Por que o que parece certo para uma é totalmente errado para outra? Toda criança já questionou algo do tipo para os pais. É comum os pequenos terem dúvidas sobre a sociedade em que vivem. Pois a Sociologia tem o objetivo de responder essas questões e ensinar o funcionamento das interações pessoais. "Diferentemente da Psicologia, que estuda o individuo, a Filosofia, que explica as ideias e o conhecimento, a Sociologia observa a sociedade agindo sobre as pessoas e as instituições, buscando apontar na sua dinâmica, contradições e regularidades", ensina o sociólogo Mario Miranda Antonio Junior, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). 

Não é à toa que, desce 2088, a matéria não é considerada mais extracurricular. Pelo contrário,há três anos foi a provada a Lei 11.684, que obriga o ensino de Sociologia no Ensino Médio em todas as escolas brasileiras. Muitas ministram o curso com outro nome, como Ação e Cidadania, porém, o conteúdo é bem próximo ao das Ciências Sociais, diz o cientista social Rafael Araújo, coordenado da Escola de Sociologia e Politica de São Paulo e professor da PUC - SP.



 É preciso ficar atento pois muitas escolas enxergam a matéria como um custo desnecessário. "Há aquelas escolas, por exemplo, que entregam as aulas nas mãos de professores de outras disciplinas, que não têm formação em sociologia, para não precisarem contratar mais gente", aponta Roberto Ravena Vicente, sociólogo e professor da matéria no colégio Ítaca, em São Paulo. 

Fonte: Educar para Crescer : http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/sociologia-importante-641082.shtml

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Eric Hobsbawm fala do 11/9 e de um mundo sem rumo



Na entrevista publicada no Caderno Aliás d´O Estado de SP no domingo (11/09), o historiador marxista e autor de Era dos Extremos e Era dos Impérios, Eric Hobsbawm, afirma que o ataque às torres gêmeas do WTC acordou o mundo para tensões inauditas e foi a mais completa experiência de uma catástrofe de
que se tem notícia.

Vale a pena conferir a íntegra dessa entrevista. Leia a seguir trechos no link abaixo:

PT SÃO PAULO: OESP: Eric Hobsbawm fala do 11/9 e de um mundo sem rumo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por que ler os clássicos, segundo Ítalo Calvino



Abaixo alguns trechos do Texto de Ítalo Calvino - "Por que ler os Clássicos" - publicado no Brasil, pela Companhia das letras: 

1-Os Clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: ''estou relendo...'' e nunca ''estou lendo...''.
2- Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los.
3-Os clássicos são livos que exercem uma  influência  particular  quando se impõem como  inesquecíveis e também quando se ocultam  nas dobras da memória, mimetizando-se como inconsciente  coletivo ou individual.
4- Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira.
5- Toda primeira leitura de um clássico é, na realidade, uma releitura.
6- Um clássico é um livro que nunca terminou aquilo que tinha para dizer.
7-Os clássicos  são aqueles livros que chegam até nós, trazendo consigo as marcas das leitura que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou, mais simplesmente,  na linguagem  ou nos costumes).
8-  Um clássico é uma  obra  que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente a repele para longe.
9-Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos em conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato, mais se revelam novos, inesperados, inéditos.
10- Chama-se de clássico um livro que se configura como equivalente do universo, à semelhança dos antigos talismãs.
11- O ''seu'' clássico é aquele que não pode ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e talvez em constraste com ele.
12- Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele reconhece logo o seu lugar na genealogia.
13-É clássico aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho de fundo, mas ao mesmo  tempo nao pode prescindir  desse  barulho  de fundo.
14-É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompatível.

domingo, 11 de setembro de 2011

Na Era do medo a barbárie será Televisionada




Neste domingo, 11 de setembro de 2011, o mundo inteiro se dedica a homenagear as vítimas dos atentados, a refletir sobre as milhares de outras vítimas das invasões norte-americanas e a tentar compreender o que mudou – e o que deve mudar – no mundo.

Será que a humanidade mudou tanto assim com o 11 de Setembro? Ou a diferença é simplesmente que as mortes, daquela vez, aconteceram em solo americano e em maior proporção? No primeiro momento não  parecia que algo mudava no mundo, exceto algumas expressões que aos poucos eram embutidas em nosso vocabulário, como “terrorismo”, “Al Qaeda”, “Osama Bin Laden”.

Com auxilio da mídia hegemônica, em especial a norte-americana, transformou-se o pós-11 de setembro em uma luta do “bem” contra o “mal. Justificando  que os Estados Unidos – o “bem” – faça e desfaça amigos no mundo árabe na conveniência de seus interesses estratégicos. Os Estados Unidos se lançaram a guerras por “liberdade” no Oriente Médio, invadiram países, mataram Saddam Hussein e Osama Bin Laden, ao mesmo tempo em que o próprio país entrava em uma profunda crise econômica. 

Dentro do discurso único construído e propagado pela mídia, insistimos em colocar lentes distorcidas para enxergar o 11 DE SETEMBRO, onde, de repente, todos parecem bárbaros.

Entre mortos e feridos, o 11 de setembro representa a vulnerabilidade dos EUA, mas também sua capacidade hollywoodiana de construir uma propaganda ao seu favor.