segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dinâmica de Grupo

Esta dinâmica foi elaborada com o objetivo de estimular a participação de todos em sala de aula por igual e evitar interrupções paralelas. 



Procedimento

1. O coordenador apresenta um tema a ser discutido pelo grupo.

2. Baseado neste tema, cada integrante tem trinta segundos para falar sobre o assunto apresentado, sendo que ninguém, em hipótese alguma, pode ultrapassar o tempo estipulado, ao mesmo tempo em que os outros integrantes devem manter-se em completo silêncio. Se o comentário terminar antes do término do tempo, todos devem manter-se em silêncio até o final deste tempo.

3. Ao final, o tema pode ser, então, debatido livremente.

Dicas

- Discutir a questão de "saber escutar e falar", introduzir questões como:
- Sabemos respeitar e escutar (e não simplesmente ouvir) a opinião do outros?
- Conseguimos sintetizar nossas opiniões de maneira clara e objetiva?
- Com foi escutar os outros e ter o seu tempo para se expressar?
- Como foi o aproveitamento desta discussão organizada?

- A partir desta atividade o que pode ser alterado nas discussões no ambiente escolar ?

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

EGITO - “Dia da revolução contra a tortura, corrupção, pobreza e desemprego”

Embalados pelos protestos populares que sacudiram a Tunísia no início deste ano onde levou a renúncia do presidente Zine El Abidine, milhares de egípcios realizam manifestações para exigir reformas políticas no país.

O evento, intitulado “Dia da revolução contra a tortura, corrupção, pobreza e desemprego”, deverá contar com a participação de grupos sindicais, militantes islâmicos e até milhares de jovens da classe media.

Os organizadores pretendem se valer da insatisfação popular contra as forças de segurança egípcias, acusadas de torturar e tratar com truculência opositores, para atrair manifestantes em vários pontos do país e forçar concessões do governo.

Para entender melhor : A atual ordem política e econômica do mundo árabe tornou-se insustentável trazendo grande insatisfação para a imensa maioria da população.

O Mundo árabe retoma a participação nos movimentos sociais principalmente entre a população mais jovem e mais consciente com fome por liberdades individuais emprego e desenvolvimento.

O Egipto é uma república desde 18 de junho de 1953. Mohamed Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de outubro de 1981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2008, estava no seu quinto mandato. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Embora o país seja formalmente uma república semi-presidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito em pleitos com candidato único há mais de cinqüenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em setembro de 2005.

O mandato do presidente do Egito dura seis anos. É o que diz a Constituição do país. Como não há limite para as reeleições, a mesma pessoa pode concorrer ao cargo indefinidamente e, em geral, o presidente permanece no cargo até morrer, quando seu vice assume.

Segundo o especialista, os EUA se acostumaram ao longo do tempo com ditaduras seculares ou monarquias islâmicas absolutistas descritas como “moderadas”. Por este motivo, acabaram não pressionando pela democratização destes países e se beneficiando. Na avaliação destes especialistas os americanos, assim como a população destes Estados árabes, possuíam uma “barreira de medo”, temendo o que viria depois do fim de um regime ditatorial. Este temor aparentemente se reduziu com os eventos na Tunísia e no Egito. Não haverá, necessariamente, um regime islâmico e há chance de democratização, dizem os analistas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Gladiador e Reality Show

O BBB dispensa maiores apresentações: mesmo quem nunca assistiu, tem uma idéia do que se trata. O programa se estrutura em torno de um suspense e da participação do público, que vota semanalmente em quem será excluído, ou melhor, em quem irá para o “paredão”. Para que o público possa votar, a atuação dos participantes no dia-a-dia do programa é decisiva. Aparentemente, estão apenas conversando, namorando, fazendo ginástica, indo a festas. Mas nós (e eles) sabemos que estão se digladiando para eliminar os outros e vencer. Fazem alianças, traem, simulam, dissimulam, enfim, tentam agradar os eleitores. É tudo ou nada: ou a celebridade instantânea, ou a volta ao anonimato que, na sociedade do espetáculo, é, simbolicamente, o mesmo que morrer. É, pois, uma luta de vida ou morte. Vence o melhor, segundo critérios não muito claros. Simpatia? Amizade? Sedução? Esforço pessoal? A fraqueza ou a desvantagem de um dos competidores? Pode ser que não haja critério algum operando em nível consciente, mas simplesmente o “jeito” da pessoa, que agrada ou não à maioria.

Evocando a gladiatura romana,os gladiadores também lutavam entre si até o fim,Como os participantes do BBB.

A luta entre os gladiadores, ou entre feras e gladiadores, era totalmente realista, e isso empolgava as platéias de Roma. Tratava-se, de certa forma, de um reality show. Quando o gladiador vitorioso encurralava o oponente, convocava o voto popular, que podia ser referendado pelo imperador: polegar para cima, vida; polegar para baixo, morte. A vida do perdedor podia ser poupada, se o público o considerasse um lutador valoroso e digno. Em caso contrário, “paredão”.

Os participantes eram escolhidos em função de seu porte, de sua força e de seu físico. Eram treinados para proporcionar um bom espetáculo, combatendo com bravura e morrendo com dignidade. 

Podiam ser escravos, prisioneiros de guerra ou cristãos, mas até mesmo homens livres se candidatavam, pois era um caminho possível e rápido para a ascensão social. A entrada no Coliseu era gratuita, e as pessoas da platéia podiam apostar no seu favorito. A gladiatura era tema das conversas no dia-a-dia. O leitor pode encontrar facilmente os pontos de aproximação com o BBB.

O programa escolhe os jovens participantes de modo a oferecer suportes identificatórios para os vários perfis de telespectadores. Além disso, como o voto para a exclusão sistemática envolve toda a população, esta se identifica também com o lugar do poderoso, que ergue ou abaixa o polegar. Até a semana que vem, se tudo correr bem, continuamos no páreo.

Há outro elemento que entra na análise do BBB e que, a meu ver, é o decisivo para caracterizá-lo como espetáculo pós-moderno e para compreender seu sucesso. Como na gladiatura, o reality show oferece carne humana para nosso repasto. Somos também o leão na arena.